Os números dos sapatos portugueses


A indústria portuguesa de calçado atingiu um preço médio por par de sapatos, à saída da fábrica, para exportação, dos mais elevados do mundo. lampada

Os ganhos em valor acrescentado são o resultado do percurso iniciado em 1978, quando o economista Miguel Cadilhe elaborou o primeiro plano estratégico do sector e abriu caminho ao Centro Tecnológico do Calçado. Em 1984, Carlos Costa, actual governador do Banco de Portugal, desenhou novo plano, assente na marca sectorial, investigação, desenvolvimento e presença em feiras, no exterior.

O “made in Portugal” tornou-se uma mais-valia importante.


O último boletim de conjuntura da APICCAPS prevê o crescimento da produção e da carteira de encomendas.

Ano após ano, os números mostram que enquanto a quota europeia na produção mundial de sapatos caía de 34% para 7%, Portugal foi ganhando terreno a Itália e Espanha.

35515 era o número de trabalhadores empregados pela indústria de calçado, no ano passado. Em 1974 eram 15299, e em 2000 eram 50 mil certos. O ano que registou maior número de empregos foi em 1994, com 59099.

viraPortugal exporta mais de noventa por cento da sua produção de calçado, sobretudo de couro e dirigido para segmentos de gama média e alta.

59244 milhões foram os pares de sapatos que Portugal exportou em 2009 no valor de 1,2 milhões de euros, e importou quase o mesmo número: 51 milhões de pares de sapatos. Mas o calçado que entrou no país foi globalmente de fraca qualidade, já que valeram apenas 398 milhões de euros. No que toca a exportações o melhor ano foi 2001, com 1,599 mil milhões de euros (e 92,395 milhões de pares)

58882 milhões foram as vendas de sapatos em 2007, o ano em que venderam mais pares, no valor de 465,302 milhões de euros. Em 2009, o número baixou para 55,626 milhões de pares, o que equivale a 506,557 milhões de euros. No ano passado 68 empresas criaram 25 novas marcas, 233 modelos e 3 patentes.

63,6 milhões de pares de sapatos foram produzidos em Portugal durante 2009, ano que registou uma ligeira quebra face a 2008, cuja produção foi de 69 milhões. O melhor número, em termos de produção, foi 1999 com 109,578 milhões de pares de sapatos.

1399 era o número de empresas de calçado existentes em Portugal, em 2009, segundo dados da associação do sector (APICCAF). Eram apenas 673 em 1974 mas em 1999, o ano em que se registou o maior numero, chegaram a 1645.

10 % é o valor previsto de aumento do preço de calçado para 2011, devido a subida brutal das matérias-primas. O preço das peles aumentou mais de 30% nos últimos meses. Também as solas de borracha estão a subir por causa do aumento do preço do petróleo.

sapatos 3382 milhões de euros valeram as exportações de calçado na região de Felgueiras em 2008. Esta e a região que mais peso têm na exportação deste produto e responde por quase 1/3 das exportações nacionais. Santa Maria da Feira aparece no 2° posto com 181 milhões de euros exportados, assumindo um peso relativo de 14% nas exportações (menos um ponto percentual do que em 2007). Inversamente, a indústria esta a ganhar importância em Guimarães, com um aumento de 9 para 10%, referentes a 103 milhões de euros exportados.

140 é o número de empresas que deverão participar em 80 certames profissionais em todo o mundo, este ano, um aumento de cerca de 50% face a 2009, ano em que a fileira do calçado participou em 53 feiras no exterior e realizou uma missão comercial a Angola. Em 2008, pela primeira vez, a indústria portuguesa de calçado exportou para todos os continentes.

32,6 % é o que representa actualmente em valor a venda de calçado de homem. 32,6% das exportações (menos 5,2%) e 31,8% em quantidade (menos 1,4%) enquanto o calçado de criança recuou 2,7% para 4.7 milhões de pares (menos 2,7%) no valor de 82 milhões de euros (menos 1,6%).

50 % do total e a fatia que representa as vendas de calçado de senhora nos mercados externos em 2008. Segundo dados da APICCAPS, entre 2003 e 2008 verificou-se um aumento na ordem dos 6%. Em quantidade, a percentagem total de calçado de senhora exportado situa-se nos 47%, mais 1,5% do que em 2003.